Até chegar ao Protocolo de Kyoto, houve uma série de discussões que provocaram a tomada de consciência dos atuais problemas ecológicos do mundo. O primeiro passo aconteceu em Estocolmo, na Suécia, em 1972, quando aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. O primeiro encontro de líderes de Estado para discutir o assunto.
Depois vieram outras conferências, encontros e debates, com especial atenção para a ECO 92, que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1992, quando 160 países assinaram a Convenção Marco sobre Mudança Climática, cujo objetivo era “evitar interferências antropogênicas perigosas no sistema climático”.
Em Quioto, no Japão, em 1997, foi redigido o protocolo. Como já foi dito, o principal objetivo é a redução, pelos países desenvolvidos, das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Até 2012, os chamados no documento de países do anexo 1 devem reduzir em 5,2% suas emissões em relação ao emitido em 1990 (veja tabela nesta página). Os países em desenvolvimento não têm índices de redução pré-fixados, mas podem colaborar de outras formas como pode ser visto na próxima página.
Redigido o documento, era preciso ratificar para entrar em vigor. As assinaturas começaram a ser colhidas em 1998, mas o protocolo só entrou em vigor em 2004 depois que a Rússia aceitou a ratificação. Isso porque para entrar em vigor era necessário que o documento fosse ratificado por pelo menos 55 países e que representassem, no mínimo, 55% das emissões feitas em 1990.
Cerca de 100 países já ratificaram o documento, mas os Estados Unidos, o maior emissor de gases poluentes do mundo (36.1%), não assinaram, alegando que a redução poderia acarretar em recessão e que as teorias sobre aquecimento global são questionáveis. Esse último argumento cada vez tem menos força na sociedade científica e, mesmo o governo George Bush, já começa a avaliar o problema com outros olhos, mas não sinaliza a assinatura do protocolo.
A Austrália, que relutou em assinar, acabou aderindo em dezembro de 2007, durante a Conferência das Nações Unidas, que discutiu o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, o IPCC.
Com a decisão da Austrália, os Estados Unidos ficam isolados em relação ao resto dos países desenvolvidos.
Após a ratificação e mesmo antes, os países começaram a tomar medidas para reduzir as emissões. Veja na próxima página quais as propostas do Protocolo de Kyoto para alcançar a redução.
Veja abaixo que são os países do Anexo 1 e qual a quantidade de gases poluentes emitida por cada um em 1990. Esses números são a base para as futuras reduções: